Com o objetivo de avaliar a variabilidade espacial da umidade do solo, foi realizado um experimento em Pesqueira — PE, durante um cultivo de cenoura (Daucus carota L.) com duração de 96 dias. Dois setores de irrigação (1 e 2), cada um com 900 m2 (30 x 30 m) foram instalados, adotando um sistema de irrigação por microaspersão, utilizando água oriundade poço Amazonas. Aos 23 dias após a semeadura foi adicionada cobertura morta no setor 2. O suprimento de água foi baseado na necessidade da cultura acrescida de uma fração de lixiviação de 20%. Foram instalados tubos de acesso para sonda de nêutrons para medição de umidade do solo, nas profundidades de 20 e 40 cm, em 49 pontos no setor 1, e 52 pontos no setor 2, em nós de uma malha de 5 x 5 m. As leituras com a sonda de nêutrons foram realizadas uma hora após o término da irrigação, com freqüência de duas vezes por semana, totalizando durante o ciclo da cultura 20 dias de monitoramento. Os dados foram avaliados adotando-se métodos de estatística descritiva e geoestatística. O setor 2, para as duas profundidades, apresentou umidade média significativamente maior que o setor 1 durante quase todo o ciclo da cultura. A dependência espacial da umidade foi verificada em todas as datas de monitoramento, setores e profundidades, exceto para o setor 1 (20 cm) dos 23 aos 40 DAS.
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Montenegro, A., Montenegro, S., & SOUZA, E. (2008). Variabilidade Espacial da Umidade do Solo em Neossolo Flúvico. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 13(2), 177–187. https://doi.org/10.21168/rbrh.v13n2.p177-187
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