Este artigo tem por objetivo discutir a trajetória que leva da inserção do cotidiano como foco de pesquisa às problematizações recentes sobre lugar e território. São abordados três momentos distintos de reflexão acerca do cotidiano, trabalhados como “viradas” conceituais com implicações metodológicas. Iniciamos abordando sucintamente a “virada para o mundo vivido” nas décadas de 1960-1980. A seguir, apontamos para uma segunda virada que provém de discussões na geografia e na teoria social sobre “lugar” e, mais tarde, sobre “território”, nas suas vertentes de “território vivido” e território de vivência”. Propomos que estamos vivenciando uma terceira virada, que tem por foco redes heterogêneas e cadeias de associações entre humanos e não humanos, decorrentes de aproximações com a Teoria Ator Rede e com a discussão atual na geografia a respeito de multiterritorialidades. Finalizamos comentando a importância de se repensarem as posturas de investigação quando localizamos a pesquisa no cotidiano.
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Spink, M. J. P., & Spink, P. K. (2017). Pesquisar o/no cotidiano na pesquisa social: Quaestio - Revista de Estudos Em Educação, 19(3). https://doi.org/10.22483/2177-5796.2017v19n3p591-605
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