Este artigo investiga a pombagira, entidade feminina do panteão umbandista que contesta estereótipos de gênero e oferece à comunidade afro–brasileira possibilidades de elaborar a maneira como compreendem o “feminino” e a “mulher”. Com base em pesquisa etnográfica desenvolvida em seis terreiros de umbanda do estado de São Paulo, entrevistas com mulheres médiuns e com as suas próprias pombagiras, argumenta– se que quando damos ouvidos ao campo sem nos prendermos a preconcepções de masculino e de feminino, o que se encontra é uma reconfiguração das qualidades associadas ao “ser mulher”. Os dados foram analisados mediante atenção aos significantes que se repetiram nas entrevistas e na interação em campo discutidos a partir dos estudos de gênero.
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Barros, M. L. de, & Bairrão, J. F. M. H. (2015). Gender performances in umbanda: the pombagira as an Afro–Brazilian interpretation of “woman”? Revista Do Instituto de Estudos Brasileiros, (62), 126. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v0i62p126-145
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