Os incidentes que ocasionam dano ao paciente ocorrem diariamente em instituições de saúde. Estudos revelam que aproximadamente 10% de todos os eventos adversos a medicamentos estão relacionados a uma interação medicamentosa (IM). O objetivo do estudo foi avaliar as potenciais IMs em pacientes da clínica médica de um hospital universitário. O estudo foi do tipo transversal e prospectivo, com abordagem quanti-qualitativa, de agosto a dezembro de 2020. A pesquisa foi realizada com todos os pacientes idosos internados. A coleta de dado foi realizada por meio da análise dos prontuários, do quinto ao décimo dia de internação. Os dados dos pacientes foram analisados através da prescrição com ênfase nos medicamentos que foram administrados. As IMs foram classificadas quanto à gravidade e ao mecanismo de ação de acordo com a base de dados. As intervenções farmacêuticas foram realizadas, quando necessário, e avaliado o grau de aceitação pela equipe de assistência à saúde. Após a coleta, os dados foram registrados e analisados mediante estatística descritiva simples, bem como estatística comparativa. Verificou-se que 33,33% dos pacientes apresentaram possibilidade de desenvolver IM grave, sendo a mais frequente entre espironolactona e losartana, podendo provocar hipercalemia. As intervenções mais realizadas foram a monitorização de sinais, sintomas e achados laboratoriais. Pacientes polimedicados e hipertensos são mais suscetíveis à IM, isso pois os anti-hipertensivos são umas das classes mais envolvidas na ocorrência de IM. Assim, a atuação do farmacêutico pode constituir um dos principais instrumentos de prevenção das IMs, o que pode contribuir para a segurança do paciente.
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Souza Santos, K. F., Lima Silva, C. M., Menezes da Cunha Barros, I., & Martins Silva, L. (2022). Potenciais interações medicamentosas em pacientes idosos da clínica médica de um hospital universitário. Scientia Plena, 18(6). https://doi.org/10.14808/sci.plena.2022.064501
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