Este artigo procura discutir a concepção behaviorista radical de Skinner sobre as regras metodológicas e as leis científicas. Skinner é basicamente simpático ao operacionismo porque, de acordo com essa concepção, as possíveis leis psicológicas não são interpretadas de forma realista (e mentalista), mas como uma forma de controlar e modelar o comportamento. Como a análise do comportamento é aplicada à própria ciência, é natural esperar que os behavioristas defendam uma filosofia operacionista da ciência. Mas Skinner também é um crítico do operacionismo por causa das conexões dessa doutrina com o positivismo. Ora, desse ponto de vista, o problema é como interpretar a ciência como um empreendimento “operacionista,” embora o comportamento dos cientistas não deva ser reduzido a um comportamento dirigido por regras, nem os enunciados científicos a regras metodológicas. Compreendida assim, a filosofia da ciência de Skinner é muito parecida com a de Kuhn, o que vai ser discutido aqui também.\r\rPalavras-chave: Skinner, operacionismo, behaviorismo radical, regras metodológicas.
CITATION STYLE
De Araújo Dutra, L. H. (2007). BEHAVIORISMO, OPERACIONALISMO E A CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO CIENTÍFICO. Philósophos - Revista de Filosofia, 9(2). https://doi.org/10.5216/phi.v9i2.3035
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.