Foram realizados dois experimentos para avaliar a natureza da informação armazenada pelo sistema de memória visuo-espacial a curto prazo. No primeiro experimento, uma tarefa de localização espacial foi realizada simultaneamente com tarefas intervenientes de supressão articulatória e de subtração aritmética. A tarefa de supressão articulatória afeta de forma negativa a recordação das letras, mas não a dos padrões visuais. Apesar disso, a recordação das letras se mantém superior à recordação dos padrões visuais. Este resultado sugere que o armazenamento dos padrões visuais não utiliza o laço fonológico, e que a tarefa de supressão articulatória, embora iniba o uso do laço fonológico, pode não inibir o acesso à informação semântica. No segundo experimento estabelecemos o efeito da similaridade visual sobre a capacidade de recordação da posição espacial. Os resultados confirmam o uso de códigos visuais e sugerem que a capacidade de armazenamento de estímulos visuais é limitada, mas não se restringe ao efeito de recência.
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Galera, C., & Fuhs, C. C. L. (2003). Memória visuo-espacial a curto prazo: os efeitos da supressão articulatória e de uma tarefa aritmética. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(2), 337–348. https://doi.org/10.1590/s0102-79722003000200014
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