O presente artigo surgiu como possibilidade de propor uma versão sintética da tese “Colecionismo de arte contemporânea: entre a centralidade das bordas e o mainstream”, defendida em setembro de 2021 no Programa de Pós-Graduação em Arte Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A pesquisa investigou o colecionismo privado de arte contemporânea em suas distintas manifestações e escalas de inserção, buscando entender suas características e contribuições para o desenvolvimento do sistema da arte no Brasil. Foi adotado o modelo qualiquantitativo como metodologia para levantamento de indicadores e conteúdo, unindo um formulário eletrônico com 45 questões, com 201 respondentes, a 83 entrevistas presenciais com colecionadoras e colecionadores residentes em 16 estados das cinco regiões do país. Partiu-se de uma conformação de ordem sistêmica e polissistêmica para melhor entender a abrangência do colecionismo de arte contemporânea, o que facilitou observar as diferentes escalas de atuação e inserção que o conjunto desta prática tem alcançando nas últimas décadas. A partir dos resultados foi possível conceber uma modulação conceitual com base em três vetores: aquisição, gerenciamento e empresariamento das coleções, perfazendo um modelo epistemológico que ganha qualidade de instrumento de reflexão para compreender os processos envolvidos no modo como o colecionismo tem sido conduzido na realidade brasileira nas últimas décadas.
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Rosa, N. V. (2022). Estratégias para pensar o colecionismo de arte contemporânea no Brasil. MODOS: Revista de História Da Arte, 6(2), 269–300. https://doi.org/10.20396/modos.v6i2.8668462
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