Resumo Este artigo tem como ponto de partida alguns dos enunciados que atualmente incidem sobre o fazer artístico, especialmente as propostas sobre a economia criativa, a economia das artes ou a economia da cultura. Em geral, eles se baseiam na possibilidade de extrair riquezas do pensamento, das redes e dos afetos. O apelo crescente por criatividade, que decorre desses discursos, leva a críticas sobre a exploração do trabalho criativo e sua inserção nos processos capitalistas. Todo esse movimento pode ser lido pelo viés da biopolítica, uma forma de poder que se estende por todos os domínios da vida. Mas é também essa dinâmica que faz da criação artística um campo de resistência e de disputa política em que concorrem vozes provenientes de diversos locais da sociedade.Abstract This paper has as its starting point some of the utterances that focuses on artistic activities, especially those proposals about creative economy, arts economy or culture economy. They are, in general, based on the possibility of extracting richness of thought, of networks and of affect. The growing request for creativity, which elapses from these discourses, leads to criticisms about creative labour's exploitation and its insertion into capitalistic processes. All these movements can be read from biopolitics point of view, a sort of power extended throughout all the domains of life. This dynamic is also what turns artistic creation into a field of resistance and of political struggle in which different voices compete from different areas of the society.
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Melo, S. M. C. (2017). A potência de imaginar: arte, cultura e trabalho na economia dos bens abundantes. Galáxia (São Paulo), (34), 125–136. https://doi.org/10.1590/1982-2554201726633
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