RESUMO: Este artigo apresenta uma visão panorâmica das primeiras descrições gramaticais das línguas nativas do centro-oeste africano dos antigos reinos do Congo e de Angola, e de Moçambique, na parte sudeste do continente africano, pelos missionários portugueses e/ou ao serviço do padroado português. Merecem particular destaque as obras Gentio de Angola (Lisboa 1642; Roma 1661), Arte da Lingua de Cafre (ca. 1745 [ca. 1680]) e Arte da Lingua de Angola (Lisboa 1697), de Francesco Pacconio S.J. (1589–1641), António do Couto, S.J. (1614–1666) e António Maria da Monte Prandone, O.F.M. (1607–1687), anónimo (fl. ca. 1680) e Pedro Dias, S.J. (1621/1622–1700), respetivamente. Também se apresenta a Obra nova da Lingoa geral de mina (Minas Gerais 1741) de António da Costa Peixoto (1703–1763), que, sendo um leigo, descreve uma língua bantu da família Kwa, falada em Minas Gerais por escravos oriundos do Golfo do Benim, na costa ocidental de África. PALAVRAS-CHAVE: Descobrimentos Portugueses; Brasil; África; Escravatura; Historiografia Linguística; Linguística Missionária.
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Fernandes, G. (2015). Primeiras descrições das línguas africanas em língua portuguesa. Confluência, 43–67. https://doi.org/10.18364/rc.v1i49.88
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