O ensaio pretende discutir acerca da condição na qual se encontram os povos subalternos na zona de fronteira entre Brasil/Paraguai/Bolívia, tendo como produção cultural para ilustrar a discussão crítica os “Bugrinhos” esculpidos pela artista plástica e indígena Conceição dos Bugres. Para a discussão proposta, alguns conceitos tornam-se imperantes, como o de “corpopolítica” e o de “exterioridade”, por exemplo. Com base na discussão que contempla o primeiro conceito, buscarei contornar os corpos bojudos dos “bugrinhos” esculpidos pela artista, visando pontuar que sensibilidades biográficas e locais neles se desenham que não podem ser compreendidas nem pela estética moderna e nem muito menos pela teoria moderna. Já o conceito de “exterioridade” servira para justificar que os povos subalternos, bem como produções culturais como a de Conceição, encontram-se na borda do fora do pensamento moderno. Assentada na leitura da crítica biográfica fronteiriça, a discussão proposta visa propor uma conceituação teórica e crítica que amplie a compreensão do lócus fronteiriço em questão.
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Nolasco, E. C. (2017). Corpos Bugrescos Esculpidos a Machado. RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos Em Cultura e Sociedade, 3. https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.485
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