O estresse causado pelo manejo, transporte e outros agentes estressores, é uma rotina em sistemas de produção de bovinos de corte. Esse estresse pode gerar impacto econômico devido à redução da produção e da qualidade do produto final, além de ameaçar o bem-estar do animal que está inserido neste sistema. A situação de desconforto faz com que ocorram modificações fisiológicas, morfológicas e comportamentais aos animais. As alterações endócrinas e metabólicas são resultados dessa tentativa de manter a homeostase. Portanto, compreender os hormônios envolvidos na situação de estresse (atividade eixo hipotálamo-hipófise-adrenal) e seus metabólitos nos fluídos e nas excretas é uma forma de detectarmos o estresse animal. O método invasivo, como a concentração de cortisol no plasma sanguineo é uma forma de monitoramento do estresse bastante questionada, uma vez que, esse hormônio aparece na corrente sanguinea logo após a situação de estresse e desaparece em curto prazo, de modo que o manejo para a coleta de sangue pode ser estressante ao animal o que provavelmente pode mascarar os resultados. Nessa linha de pensamento, surgiu a necessitade de estabelecer métodos não invasivos para monitorar a atividade adrenal em resposta ao estresse, como por exemplo, a mensuração da concentração de metabólitos de cortisol nas fezes de animais.
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Mobiglia, A. M., Camilo, F. R., & Fernandes, J. J. R. (2014). Mensuração de metabólitos de cortisol nas fezes como um indicador de estresse em bovino de corte. Archivos de Zootecnia, 63(241), 1–9. https://doi.org/10.21071/az.v63i241.587
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