A elevada letalidade e o número de pessoas vacinadas tornam a raiva um problema de saúde pública mundial. Inadequados sistemas de informação e vigilância epidemiológica não permitem conhecer a magnitude real do problema. Geotecnologias aplicadas na saúde pública caracterizam e quantificam a exposição a doenças e seus possíveis determinantes, tendo a análise espacial como instrumento importante nesta avaliação. Este estudo objetivou traçar o perfil epidemiológico das agressões por animais, em Lauro de Freitas, Bahia, Brasil, entre 1999-2004, para identificar áreas de risco e subsidiar ações educativas efetivas e específicas para a prevenção da raiva. Observou-se aumento no registro de agressões, provavelmente pelo estímulo a notificação, sendo principalmente por cães, sem raça definida, com proprietário, nos finais de semana, especialmente nas férias de verão. Ainformação fornecida pelo paciente, durante o atendimento, possibilita erros na prescrição da profilaxia da raiva humana. O estudo identificou que os Distritos Centro e Itinga apresentam maior densidade populacional, assim como maior número de ocorrência de agressões e incidências. Em análise espacial identificaram-se dois grupos de aglomerados de risco: o Distrito Centro e o aglomerado secundário composto pelos Distritos de Areia Branca e Itinga, localidades que devem ser identificadas como áreas prioritárias para o controle da raiva no município.
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Mascarenhas, M. T. V. L., Bahia Cerqueira, R., Lobato Cardim, L., Borio dos Santos Calmon Bittencourt, T. C., Peneluc, T., Silva de Brito, V., … Bavia, M. E. (2012). ANÁLISE ESPACIAL DOS DADOS DO PROGRAMA DE PROFILAXIA DA RAIVA NO MUNICÍPIO DE LAURO DE FREITAS, BAHIA, BRASIL, NO PERÍODO DE 1999-2004. Revista Baiana de Saúde Pública, 36(1), 207. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2012.v36.n1.a247
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