A avaliação, quando cumpre sua função verdadeiramente educativa de reorientar o processo de aprendizagem-avaliação-ensino (LUCKESI, 2011; SCARAMUCCI, 2006), fornece ao professor e aos alunos informações sobre os avanços alcançados e as lacunas a serem preenchidas. É uma avaliação orientada para a aprendizagem (e não da aprendizagem), cujo aspecto formativo é em geral priorizado nos anos iniciais do ensino (FURTOSO, 2019), mas que, ao longo da progressão escolar, é substituído quase que exclusivamente pela modalidade somativa, muitas vezes de caráter punitivo, autoritário e classificatório. Como, então, reverter este cenário? No que concerne ao ensino de línguas, Hamp-Lyons e Green (2014) expandem o conceito de avaliação formativa (LEUNG et al., 2018) e adicionam aos princípios da avaliação orientada para a aprendizagem de Carless (2007; 2009), propondo os princípios norteadores da avaliação orientada para a aprendizagem no ensino de línguas (AvOAL). Neste artigo, argumentamos que estes princípios podem auxiliar na introdução de práticas avaliativas mais justas e éticas, mas que, para serem eficazes em contextos de ensino para jovens aprendizes, devem ser amparados pelo letramento em avaliação do professor de línguas para crianças (MORAES; BATISTA, no prelo). Dessa forma, discutimos os cinco princípios da AvOAL e os exemplificamos com as adaptações que podem ser feitas para que se tornem condizentes com o ensino de línguas estrangeiras para crianças (LEC).
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Moraes, I. T., & Batista, E. G. (2020). AVALIAÇÃO ORIENTADA PARA A APRENDIZAGEM NO ENSINO DE LÍNGUAS PARA CRIANÇAS. REVELLI - Revista de Educação, Linguagem e Literatura (ISSN 1984-6576), 12. https://doi.org/10.51913/revelli.v12i0.10234
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