Resumo No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão em Mariana-MG (Brasil) de propriedade das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton destruiu comunidades e contaminou o Rio Doce, sendo reconhecido como o maior desastre/crime sócio ambiental do Brasil. Nosso objetivo neste artigo é compreender os sentidos de comunidade construídos e acessados pelos atingidos dessas localidades anteriormente ao desastre e após o mesmo. Para tal, recorreremos a dados coletados durante diferentes contatos com o campo realizados pelas três autoras e que incluíram a realização de visitas aos territórios, entrevistas com atingidos e atingidas, observação participante (eventos, reuniões, outros), registro em diário de campo. Os resultados apontam que há uma constante busca por tentar recriar o sentimento de comunidade que se mostra principalmente na manutenção do vínculo com o espaço físico devastado e na tentativa de recriar o mesmo no espaço onde será feito o reassentamento.Abstract On November 5, 2015, the Fundão dam owned by the mining companies Samarco, Vale and BHP Billiton broke in Mariana/MG (Brazil), destroying communities and contaminating the Rio Doce, being recognized as the biggest socio-environmental catastrophe/crime in Brazil. Our goal in this article is to understand the senses of community built and accessed by those affected before and after the disaster. To this end, we used data collected during different field contacts made by the three authors, which included visits to the affected territories, interviews with those affected, participant observation (events, meetings and others), and recording in a field diary. The results indicate that there is a constant search to try to recreate the feeling of community, which is shown mainly in the maintenance of the bond with the devastated physical space and in the attempt to recreate it in the space where the resettlement will be done.Resumen El 5 de noviembre de 2015, la ruptura de la presa de relaves Fundão en Mariana-MG (Brasil), propiedad de las compañías mineras Samarco, Vale y BHP Billiton, destruyó comunidades y contaminó el Río Doce, siendo reconocido como el mayor desastre/crimen socioambiental en Brasil. Nuestro objetivo en este artículo es comprender los significados de la comunidad construida y accedida por los afectados en estos lugares antes y después del desastre. Con este fin, utilizaremos los datos recopilados durante los diferentes contactos con el campo llevados a cabo por las tres autoras, que incluyeron visitas a los territorios, entrevistas con los afectados y afectadas, observación participante (eventos, reuniones, otros) y registro en un diario de campo. Los resultados muestran que existe una búsqueda constante para tratar de recrear el sentimiento de comunidad que se muestra principalmente en el mantenimiento del vínculo con el espacio físico devastado y en el intento de recrearlo en el espacio donde se realizará el reasentamiento.
CITATION STYLE
Barreto, L. C., Rosa, D. D. da, & Mayorga, C. (2020). COMUNIDADES SUJAS DE LAMA: DA DESTRUIÇÃO À RESSIGNIFICAÇÃO E A RESISTÊNCIA EM MARIANA/MG. Psicologia & Sociedade, 32. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2020v32214674
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.