Coronel Vírus chegou. Notas etnográficas sobre a Covid-19 entre vulnerabilizados da cidade do Rio de Janeiro

  • Fernandes A
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Resumo Os dois primeiros meses da chegada da Covid-19 no Brasil e em especial na cidade do Rio de Janeiro suscitaram inúmeras controvérsias. Uma delas se deu em torno dos corpos que teriam que se manter expostos ao vírus para garantir o funcionamento dos serviços que “não podiam parar” ou que estariam envolvidos diretamente no combate da doença. Na pandemia, neste evento de “tirar o fôlego”, foram equiparados médicos e demais profissionais da saúde, populações vulnerabilizadas, trabalhadores precarizados, idosos e pacientes crônicos. Através do relato de uma saída para visitar meu pai, da interação em páginas de bairro do Facebook, em conversas com interlocutores (por telefone e em grupos de WhatsApp) e através de notícias de diferentes mídias, o texto acompanha algumas polêmicas, em especial, a ideia aceita por segmentos da sociedade e do governo de que determinados corpos poderiam permanecer mais expostos ao vírus e, por conseguinte, mais expostos à morte.Abstract The first two months of Covid-19 in Brazil, specifically in the city of Rio de Janeiro, sparked a number of controversies. One of them was around bodies that would have to remain exposed to the virus to guarantee the functioning of services that “could not stop” or that would be directly involved in fighting the disease. In the pandemic, this “breathtaking” event, doctors and other health professionals, vulnerable populations, precarious workers, the elderly and chronic patients were equated. Through the narrative of a visit to my father, interactions on neighborhood Facebook pages, conversations with interlocutors (by phone and in WhatsApp groups), and through news from diverse media sources, the text follows some controversies; in particular, the idea accepted by segments of society and government that certain bodies could remain more exposed to the virus and therefore more exposed to death.Resumen Los dos primeros meses de la llegada de Covid-19 a Brasil, y especialmente a la ciudad de Río de Janeiro, han suscitado una serie de controversias. Uno de ellos fue alrededor de cuerpos que tendrían que permanecer expuestos al virus para garantizar el funcionamiento de servicios que “no podían parar” o que estarían directamente involucrados en la lucha contra la enfermedad. En la pandemia, en este evento “sobrecogedor”, se equiparó a médicos y otros profesionales de la salud, poblaciones vulnerables, trabajadores precarios, ancianos y pacientes crónicos. A través del relato de un viaje para visitar a mi padre, la interacción en las páginas de Facebook del barrio, las conversaciones con interlocutores (por teléfono y en grupos de WhatsApp) y a través de noticias de diferentes medios, el texto sigue algunas controversias, en particular, la idea aceptada por sectores de la sociedad y el gobierno de que determinados cuerpos podrían quedar más expuestos al virus y, por tanto, más expuestos a la muerte.

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Fernandes, A. (2020). Coronel Vírus chegou. Notas etnográficas sobre a Covid-19 entre vulnerabilizados da cidade do Rio de Janeiro. Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), (35), 7–34. https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2020.35.02.a

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