A qualidade higiênico-sanitária como fator de segurança alimentar tem sido amplamente estudada e discutida mundialmente. No Brasil, apesar da relevância e da atualidade do problema das contaminações dos alimentos e dos manipuladores por microorganismos, são poucas as pesquisas que avaliam a ocorrência de enteroparasitoses nesses trabalhadores. Alimentos consumidos que estejam contaminados por estruturas parasitárias do meio ambiente ou por manipuladores infectados formam a cadeia de transmissão dessas parasitoses, sendo este um dos mais importantes meios de disseminação. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de parasitoses em trabalhadores de restaurantes de Caxias do Sul. Foram analisados laudos de exames parasitológicos de fezes (EPF) realizados entre 2011 e 2014 em um laboratório da cidade de Caxias do Sul. Dos 331 resultados de EPF avaliados, observou-se a presença de parasitos em 10,3%, sendo 44,1% de Endolimax nana, 32,4% de Entamoeba coli, 14,7% de Giardia duodenalis, 5,9% de Trichuris trichiura e 2,9% de Enterobius vermicularis. Ficou evidenciada, entre os manipuladores de alimentos, a existência de portadores e transmissores de parasitos, o que reforça a necessidade de medidas efetivas de saúde pública que controlem ou, ao menos, minimizem os riscos de infecção e contaminação, além de destacar a importância da realização de exames periódicos de fezes em trabalhadores envolvidos no manuseio de alimentos.
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Pereira Porto, L., Inês Cavagnolli, N., Dos Reis, D. S., Kelly Wilmsen Dalla Santa Spada, P., & Dalpicolli Rodrigues, A. (2016). PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM TRABALHADORES DE RESTAURANTES DE CAXIAS DO SUL – RS. Revista de Patologia Tropical, 45(1), 115. https://doi.org/10.5216/rpt.v45i1.39980
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