Este artigo trata da comida nas comunidades remanescentes de quilombo do Maciço da Pedra Branca (RJ) e suas relações em redes de contato e mercados próximos. A metodologia aplicada foi a observação participante entre 2014 e 2016, em duas feiras agroecológicas em que participam seus membros e quatro festividades realizadas. Nestes casos, a comida é vista como elemento central nas trocas sociais, econômicas e culturais. O valor econômico deixa de ser o cerne do processo, substituído por relações de equivalência cultural, significados, símbolos. A comida evidencia um sistema que compreende cultivo, preparo, consumo, troca e comércio de excedentes. Propicia-se assim a formação de nichos de economia solidária, em que o alimento é produzido, preparado e significado com base em referenciais de solidariedade, respeito a natureza, tradicionalidade.
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Silva, R. P., & Baptista, S. R. (2016). A comida em comunidades quilombolas: reflexões sobre saberes e mercados solidários. Ágora, 18(1), 68. https://doi.org/10.17058/agora.v18i1.7396
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