Incontinência urinária é um problema de saúde púbica por ser uma doença multifatorial que acomete em termo 27,6% das mulheres e 10,5% dos homens, refletindo nas relações interpessoais, profissionais e sexuais. O estudo teve como objetivo Caracterizar o perfil sociodemográfico, epidemiológico e clínico de mulheres com incontinência urinária atendidas em uma Clínica Ginecológica de um Hospital Universitário do Piauí. É uma pesquisa de campo do tipo exploratório descritiva, transversal, realizada no mês de setembro de 2015, mediante a aplicação de um formulário semiestruturado em 48 mulheres. A prevalência de incontinência urinária foi maior em mulheres com faixa etária entre 30 a 48 anos (52,1%), casadas (56,3%), pardas (72,9%) e com nível de escolaridade de ensino fundamental incompleto (39,6%). Destaca-se como fatores de risco: consumo de cafeína (97,9%), cirurgia ginecológica (87,5%), infecção urinária (62,5%) e prática de atividade física (56,3%). O tempo de início da doença foi entre 1 a 5 anos (43,8%), com episódios de perda de urina ao espirrar (89,6%), ao tossir (83,3%) e antes de chegar ao banheiro (75%). Adotaram como atitudes comportamentais de ficarem próximas ao banheiro (54,2%) e a fazerem uso de absorventes ou forros (41,7%). Apenas 33,3% procuram o médico, 35,4% receberam orientações sobre a doença, 25% conhecem o diagnóstico médico e 12,5% realizaram algum tipo de tratamento. O estudo possibilitou conhecer a realidade das mulheres com incontinência urinária que buscam assistência a saúde em um Hospital Universitário, com resultados que se aproximam de estudos anteriores sobre a temática.
CITATION STYLE
Pereira, A. F. M. (2017). Caracterização e fatores de risco de incontinência urinária em mulheres atendidas em uma clínica ginecológica. Estima, 15(2), 82–91. https://doi.org/10.5327/z1806-3144201700020004
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.