O presente estudo visa identificar as espécies de crustáceos mais comuns pesca de arrasto segundo o conhecimento de pescadores de três municípios do litoral sul do Estado do Espírito Santo, sudeste do Brasil, e apresentar alguns aspectos relacionados à sua biologia. Entre setembro de 2016 e fevereiro de 2017 foram realizadas observações do cotidiano dos pescadores artesanais e entrevistados 92 pescadores. Todos os entrevistados são do sexo masculino, com idade que varia de 18 a 71 anos, baixa escolaridade e atuam na pesca entre 1 e 41 anos. Em Anchieta, as espécies alvo são os camarões sete-barbas, rosa e branco, enquanto que em Piúma e Marataízes apenas o sete-barbas é alvo da pesca. Nestas comunidades, a carcinofauna acompanhante é composta por siris e caranguejos. Segundo os pescadores, esses crustáceos apresentam semelhanças nos estágios juvenil e adulto, com tais fases ocorrendo no mesmo local. Foi descrita por eles os caracteres de dimorfismo sexual desses organismos. As informações obtidas junto às comunidades tradicionais podem contribuir para a conservação das espécies alvo e da fauna acompanhante, uma vez que o conhecimento etnobiológico é equivalente com a literatura. Este saber local pode ser utilizado em propostas de manejo sustentável bem como na diminuição do impacto sobre as populações das espécies alvo e fauna acompanhante.
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Braga, A. A., Zappes, C. A., & Oliveira, A. C. M. de. (2018). Estudo do conhecimento tradicional de pescadores do litoral Sul do Espírito Santo sobre a carcinofauna acompanhante da pesca de camarões. Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, 22(2), 1–11. https://doi.org/10.14210/bjast.v22n2.11931
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