A sustentabilidade corporativa tem sido um dos tópicos relevantes na agenda das empresas e os relatórios de sustentabilidade têm sido formas de avaliar o desempenho e a competitividade. Os relatórios da Global Reporting Initiative (GRI) são utilizados pelas empresas no intuito de informar a performance ambiental, social e econômica. Porém, evidências preliminares das práticas adotadas pelas empresas parecem demonstrar que essas diretrizes possuem vieses e que seus relatórios omitem informações que visem à equidade social e ambiental, colocando em risco a interpretação entre o desempenho corporativo e os impactos provenientes de seus programas. O objetivo deste artigo é analisar os indicadores de cunho ambiental nos relatórios das empresas brasileiras que publicaram os relatórios GRI no ano de 2009. O método utilizado é a pesquisa documental por meio da análise de conteúdo. Os resultados apontam que, embora as empresas se autodeclarem estrategicamente sustentáveis, não possuem em suas visões menção ao desenvolvimento sustentável. Há tentativas de camuflar indicadores e de omitir informações negativas relevantes. Do mesmo modo, as empresas não seguem alguns princípios das linhas gerais da GRI. Conclui-se que essas ainda se encontram em uma fase inicial de consciência de desenvolvimento sustentável.
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Mota, M. D. O., Mazza, A. C. A., & Oliveira, F. C. de. (2012). Uma análise dos relatórios de sustentabilidade no âmbito ambiental do Brasil: sustentabilidade ou camuflagem? BASE - Revista de Administração e Contabilidade Da Unisinos, 10(1). https://doi.org/10.4013/base.2013.101.06
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