Convergênciais e dissonâncias entre Luhmann e Bourdieu: os limites operacionais dos conceitos anomia e autopoiesis

  • Treuke S
N/ACitations
Citations of this article
6Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Este artigo identifica as principais convergências e dissonâncias metodológicas entre a Teoria dos Sistemas (Luhmann) e a Teoria da Prática (Bourdieu), valendo-se para isso de um contrastivo insight em seus conceitos-chave autopoiesis e anomia. Partindo das reflexões sociológicas-filosóficas de Christian Hartard (2010), o artigo examina criticamente o princípio da recursividade circular perpassando a concepção de sociogênese dos dois autores e o dilema da dupla hermenêutica deflagrado no discernimento emancipador do sujeito. Conclui-se que a recursividade inerente aos dois conceitos construtivista-generativista pressupõe a incorporação de elementos exógenos com capacidade transformatória das estruturas historicamente sedimentadas (Luhmann), respectivamente, dos corpos socializados (Bourdieu), através de processos de diferenciação e distinção, que ocorrem, contudo, dentro de estabelecidas restrições. Ambos autores pleiteiam pelo questionamento crítico do status quo interiorizado pelo sujeito, suscetível de restituir a capacidade de desmascarar as necessidades dóxicas da dupla contingência (Luhmann), respectivamente da legitimação hierárquica disfarçada (Bourdieu), ao observador da terceira ordem.

Cite

CITATION STYLE

APA

Treuke, S. (2017). Convergênciais e dissonâncias entre Luhmann e Bourdieu: os limites operacionais dos conceitos anomia e autopoiesis. Revista de Ciências Humanas, 51(1), 34–55. https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n1p34

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free