Até a primeira metade do século XIX, investigadores consideravam os solos um manto alterado superficial sobre rochas capaz de sustentar plantas. Os países desenvolvidos já detinham avançados conhecimentos de suas geologias, climas, e recursos naturais. O russo V.V. Dokuchaev desenvolveu a concepção da formação de um solo a partir da interação dos fatores ambientais gerando processos internos. Esta evolução era evidenciada pelas diferentes “camadas” formadas – horizontes compondo um perfil de solo. Cada distinta interação dos fatores e processos resultaria um determinado tipo de solo. Surge, assim, uma nova ciência, em 1893 – a Pedologia, que rapidamente se expandiu mundialmente, inclusive em antigas colônias do ultramar. Procurou-se realizar no presente texto um histórico do conhecimento científico dos solos desde o século XVIII até meados do século XX. Nesse longo intervalo, países do terceiro mundo, como o Brasil, contaram inicialmente com investigadores estrangeiros no domínio desses conhecimentos. Aqui a ciência alcançou significativa evolução a partir da segunda metade do século XX, quando foram publicados os primeiros levantamentos de reconhecimento pedológico dos nossos estados federativos.
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Espindola, C. R. (2018). Histórico das pesquisas sobre solos até meados do século XX, com ênfase no Brasil. Revista Do Instituto Geológico, 39(2). https://doi.org/10.5935/0100-929x.20180007
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