A Mata Atlântica é um dos hotspots de biodiversidade brasileiros e sofre massiva fragmentação, e até mesmo as florestas presentes em parques urbanos têm sido ameaçadas por ações antrópicas. O Parque do Ingá é um fragmento urbano de mata nativa, principal atração turística verde de Maringá e desempenha função educacional. O local abriga uma lagoa artificial, projetada para fins econômicos e recreativos, representando um ecossistema para os fungos aquáticos. Os fungos são vitais para a decomposição da matéria orgânica nos corpos hídricos, além de bioindicadores. A decomposição é um serviço ecossistêmico responsável pela ciclagem de nutrientes estabelecendo uma relação entre a vegetação ripária e a biota aquática. O trabalho teve como objetivo investigar a diversidade e a estrutura da micobiota local nos períodos de chuvas e seca. Amostras de fungos aquáticos foram coletadas nas margens do corpo central da lagoa e em suas áreas de conexão. Para a análise dos dados foram utilizados índices de diversidade biológica. Foram identificados 9 táxons nas amostras obtidas, sendo que no período de seca foi encontrada uma maior diversidade, enquanto na época de chuvas uma maior abundância. O valor de Shannon-Wiener foi 0,9 e o índice de dominância (Simpson) de Anguillospora longissima foi 0,4. Ante os índices, dados limnológicos e a relevância do parque, concluiu-se que são necessárias medidas urgentes para a restauração do ambiente, entre elas sugere-se medidas de manejo, monitoramento e conservação a serem incluídas na revisão do plano de manejo do parque.
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Da Silva Rasvailer, V., Ratz Scoarize, M. M., & Benedito, E. (2020). DIVERSIDADE DE FUNGOS AQUÁTICOS EM UMA LAGOA URBANA DA MATA ATLÂNTICA. Arquivos Do Mudi, 24(2), 84–97. https://doi.org/10.4025/arqmudi.v24i2.52474
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