Este artigo aponta conflitos entre as políticas de vigilância sanitária e as recentes políticas culturais de reconhecimento e salvaguarda de bens imateriais, que envolvem a comida como uma das referências culturais importantes. Faz uma comparação entre as exigências sanitárias e as tradições de produção, consumo e circulação de alimentos tradicionais processados artesanalmente, tomando como exemplo os queijos minas e a farinha de mandioca. Aponta que essas políticas, de um lado e de outro, surgem como reação às consequências do processo de industrialização em grande escala, mas que a regulação sanitária termina por impor padrões industriais, colocando dificuldades para a salvaguarda das comidas tradicionais processadas artesanalmente.
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Cintrão, R. P. (2015). Comida, vigilância sanitária e patrimônio cultural. RURIS (Campinas, Online), 8(2). https://doi.org/10.53000/rr.v8i2.1991
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