Este trabalho analisa, à luz da lei geral da acumulação capitalistae de outros desenvolvimentos teóricos de Marx, os argumentos da teoria decrise baseada na escassez de força de trabalho. Na primeira seção apresentam-se os três argumentos de Marx acerca da relação entre a acumulação e omovimento dos salários: (i) supondo que a composição do capital não varie,então, o ritmo da acumulação regulará o movimento dos salários; (ii) supondoque o aumento da composição do capital seja expressão dominante no capitalismo,o exército industrial de reserva será o mecanismo regulador dossalários; (iii) a natureza cíclica de formação da superpopulação relativa. Nasegunda seção, apresentam-se os argumentos da teoria de crise baseada naescassez de força de trabalho, cujo ponto central é a manutenção constante dacomposição do capital na fase da prosperidade de modo a exaurir o exércitoindustrial de reserva provocando o aumento dos salários, a queda dalucratividade e, por fim, a crise. Na última seção apresenta-se a crítica a estetipo de explicação para crise baseando-se em quatro pontos: (i) as indicaçõesmetodológicas deixadas por Marx acerca do estudo das crises econômicas; (ii)o trato inadequado dos conceitos de concreto e abstrato; (iii) a relação entre aconcorrência e a composição do capital; (iv) a noção de exército industrial dereserva.
CITATION STYLE
Aquino, D. C. de. (2008). A lei geral da acumulação capitalista e a teoria de crise baseada escassez de força de trabalho. Revista de Economia, 34(4). https://doi.org/10.5380/re.v34i4.17169
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.