Estudou-se a predação de sementes em Bauhinia pulchella Benth. (Caesalpiniaceae), Mimosa acutistipula Benth. var. nigra Hub., Mimosa somnians H.B. ex Willd. (Mimosaceae) e Phaseolus linearis H.B.K. (Fabaceae) para investigar a taxa de predação e a existência de defesas contra a ação de predadores. Foi constatada a preferência por sementes de maior tamanho pelo bruquídeo de Bauhinia pulchella, o que pode significar uma adaptação das plantas em ter sementes pequenas que escapem da predação. Em Mimosa somnians, a imprevisibilidade do número de sementes viáveis produzidas poderia consistir num mecanismo de defesa, por impedir a otimização da quantidade de ovos deixados pelo predador em cada fruto. O formato extremamente achatado das sementes de Mimosa acutistipula parece limitar a ação de predadores. A alta resistência da casca dos frutos de Phaseolus linearis e o aspecto compacto e duro de suas sementes podem ser considerados defesas mecânicas. Existe relação entre o tamanho de sementes e o tamanho de predadores para as espécies estudadas.Seed damage in Bauhinia pulchella Benth. (Caesalpiniaceae), Mimosa acutistipula Benth var. nigra Hub., Mimosa somnians H.B. ex Willd. (Mimosaceae) and Phaseolus linearis H.B.K. (Fabaceae), was studied to investigate defense against predators. The preference for larger seeds of Bauhinia pulchella by bruchids is a selection pressure for the plant to product smaller seeds, as a survival mechanism to scape predation. The impredictability of the number of viable seeds per pod in Mimosa somnians could represent a defense mechanism because it does not permit the optimization of the number of eggs laid in each fruit. The flattened seeds of Mimosa acutistipula limit the attack sucess of predator beetles. The high resistance of the pod skin and the hard compact seeds in Phaseolus linearis may be considered mechanical defenses. There is a con-elation between seed size and predator size in the species studied.
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Lomônaco, C. (1994). Predação de sementes de leguminosas por bruquídeos (Insecta: Coleoptera) na Serra dos Carajás, Pará, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 8(2), 121–127. https://doi.org/10.1590/s0102-33061994000200001
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