O presente artigo apresenta a indústria estanífera internacional como um oligopólio concentrado que se organiza em torno do International Tin Council, constituindo-se em um cartel com importante participação na formação dos preços do estanho, principalmente entre os anos 1960 e início dos anos 1980. Em virtude dos choques do petróleo e da crise internacional no final dos anos 1970, a associação dos produtores passa a ter dificuldades para administrar os interesses dos membros e gerir o estoque regulador, possibilitando a expansão de novos produtores. A indústria brasileira emerge neste cenário, aproveitando-se dos preços artificialmente elevados no mercado internacional, dos incentivos concedidos pelo governo brasileiro e das suas jazidas de boa qualidade, ampliando sua participação no mercado internacional, influenciando a quebra do conluio em 1985.This article presents the international tin industry as an oligopoly organized around the International Tin Council, making it a cartel with important participation in determining tin prices, mainly between the years 1960 and beginning of 1980. As a consequence of the oil shocks and the international crisis in the end of years 1970, the association of manufacturers began to have difficulties in managing the interests of its members and in controlling the buffer stock, facilitating the appearance of new producers. The Brazilian industry emerges in this scenario, benefiting from the artificial prices in the international market, from incentives granted by the Brazilian government and from its good quality mines, thus increasing its participation in the international market and contributing to the end of the collusion in 1985.
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Cuter, J. C., & Kon, A. (2008). Cartel internacional do estanho: a importância da indústria brasileira na quebra do conluio. Economia e Sociedade, 17(1), 157–171. https://doi.org/10.1590/s0104-06182008000100007
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