Resumo Este artigo se fundamenta em uma pesquisa de doutorado, defendida em junho de 2018, na Université catholique de Louvain, na Bélgica, e discute o impacto da apropriação de recursos digitais nos processos de participação em iniciativas de mídias populares. Uma das principais descobertas do estudo sugere que a tendência à individualização, própria do contexto digital, impõe desafios importantes ao processo de construção coletiva, bastante caro na comunicação popular. A pesquisa de campo, realizada entre 2013 e 2016, envolveu entrevistas com 55 comunicadores atuando na gestão e desenvolvimento de 29 mídias populares nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Ceará e Pará. Esta reflexão baseia-se principalmente em dois estudos de caso, discutindo práticas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da rede de comunicadores comunitários Rede Mocoronga, vinculada ao Projeto Saúde e Alegria, na Amazônia.Abstract This article draws on the results of a doctoral research, defended in June of 2018 at Université catholique de Louvain, in Belgium, and discusses the impact of the appropriation of digital resources in the processes of participation in popular media initiatives. One of the main findings suggests that the tendency of individualization, that is likely in the digital context, imposes important challenges to the participation process, a core feature of popular communication practices. The field research, from 2013 to 2016, included interviews with 55 communicators involved in the management and development of 29 popular media outlets in the states of Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Ceará and Pará, in Brazil. This particular reflection is mainly based on two case studies on the practices of the Landless Rural Workers Movement (MST – Portuguese Acronym) and the network of community communicators Rede Mocoronga, linked to the Projeto Saúde e Alegria, in the Amazon Region.Resumem Este artículo está fundamentado en una investigación de doctorado, defendida en Junio de 2018 en la Université catholique de Louvain, en Bélgica, y discute el impacto de la apropiación de recursos digitales en el desarrollo de medios populares. Una de las principales descubiertas de éste estudio sugiere que la tendencia a individualización, propria del contexto digital, impone desafíos importantes a los procesos de participación, que forman parte de los pilares de la comunicación popular. La investigación de campo, realizada de 2013 a 2016, incluyó entrevistas con 55 comunicadores implicados en la gestión y el desarrollo de 29 medios populares en los estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Ceará y Pará. Esta reflexión toma como base principalmente dos estudios de caso sobre las prácticas del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST) y de la red de comunicadores comunitarios Rede Mocoronga, vinculada al Projeto Saúde e Alegria, en la Amazonia.
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Suzina, A. C. (2019). Ruptura digital e processos de participação em mídias populares no Brasil. Intercom: Revista Brasileira de Ciências Da Comunicação, 42(3), 61–76. https://doi.org/10.1590/1809-5844201933
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