A gravidez precoce relaciona-se a problemas psicossociais e econômicos, sendo considerada problema de saúde pública em vários países. A gravidez pode representar uma fuga da convivência em uma família de ambiente coercitivo, ou o seguimento de um modelo fornecido pelos próprios pais, podendo se relacionar assim, com o estilo parental de educação. O objetivo deste artigo é discutir os estilos parentais como fatores de risco ou proteção para a gravidez na adolescência, e outras variáveis psicossociais como a influência exercida pelo grupo de pares e a coexistência de técnicas conflitivas de controle sexual, que podem competir entre si, pois as agencias, governamentais, educacionais, religiosas e familiares ora adotam um padrão mais severo, ora adotam posturas liberais, sem o esclarecimento e a coerência necessários para o desenvolvimento da autonomia responsável. Conclui-se que se faz necessária a instrumentalização do adolescente para reagir de forma assertiva diante de grupos, parceiros e ambientes coercitivos, a promoção de ambientes familiares respeitosos nas relações afetivas e o desenvolvimento do comportamento responsável por meio de uma educação sexual clara, que evita posturas ambivalentes ou conflituosas no desenvolvimento do autocontrole sexual.
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Silva, M. E. M. (2017). ESTILO PARENTAL E VARIÁVEIS PSICOSSOCIAIS COMO FATORES DE RISCO OU PROTEÇÃO PARA A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA. Revista Cesumar – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, 22(2), 443. https://doi.org/10.17765/1516-2664.2017v22n2p443-462
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