O presente estudo tem como finalidade compreender como a concepção de risco tornou-se uma estratégia biopolítica que compõem as tecnologias de governo para a gestão do controle social nas sociedades contemporâneas. O caminho delineado para desenvolver o estudo seguiu, principalmente, a teorização foucaultiana, cujos conteúdos estão relacionados com a concepção de risco, biopolítica e governamentalidade. Consideramos que o objetivo da perspectiva que privilegia o sujeito como um ser cerebralizado é construir subjetividades de modo que seja possível governar pela lógica do risco e da segurança, ou seja, controlar a população por meio de estratégias biopolíticas que atendem as demandas do mercado. Portanto, esta perspectiva promove um estado de incerteza, de instabilidade, de liquidez dos valores e das crenças, facilitando a gestão da população por meio das tecnologias de controle social, as quais fomentam o desejo do consumo por meio da despotencialização do sujeito.
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Martinhago, F., & Romaní, O. (2020). Risco, biopolítica e governamentalidade: tecnologias de controle social. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, 6(2), 56–71. https://doi.org/10.36661/2358-0666.2019v6n2.11648
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