Introdução: A pandemia COVID-19 causada pelo novo coronavírus é uma doença sem tratamento específico que se tornou um dos grandes desafios do século atual. Uma das alternativas para minimizar a taxa de transmissão direta do vírus é o uso das máscaras faciais. Atualmente, há no mercado uma diversidade de máscaras, tanto na composição têxtil, quanto na presença ou não do elemento prata (Ag), sob a forma de íon ou nanopartículas de prata (AgNP), que possui atividade biocida. Objetivo: Avaliar a presença da Ag total e de AgNP em máscaras produzidas para proteger a população da COVID-19 que estão sendo comercializadas no Brasil durante a pandemia. Método: O desenho utilizado para o estudo foi observacional descritivo do tipo transversal com amostragem por conveniência. As amostras foram analisadas por ICP-MS no modo padrão e no modo single particle. Resultados: As concentrações de prata total nas amostras estudadas apresentaram uma variação de 14–72 μgg-1. Foi observado que 50% das amostras avaliadas que declaram ter AgNP apresentaram uma distribuição de tamanho entre 17–57 nm. Ao serem submetidas aos ciclos de lavagem, verificou-se uma redução na concentração de Ag, a cada novo ciclo, o que levanta o questionamento quanto a sua real efetividade biocida ao longo do tempo. Conclusões: Os dados gerados fornecem o atual cenário da concentração de Ag nas máscaras e, assim, avaliar o potencial benefício ou risco do uso para a saúde humana e ambiental. Além disso, este conhecimento pode dar subsídios técnico-científicos para a fiscalização sanitária do controle de qualidade e a implementação de normas regulatórias nesse ramo de atuação.
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Maria Gobbo Santos, L. (2021). Avaliação da qualidade das máscaras comercializadas no Brasil em tempos de pandemia da COVID-19 quanto à presença de prata e de nanopartículas de prata. Vigilância Sanitária Em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia, 9(1), 29–35. https://doi.org/10.22239/2317-269x.01766
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