Carrocracia: fluxo, desejo e diferenciação na cidade

  • Troi M
N/ACitations
Citations of this article
6Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Inspirado na advertência de Bruno Latour (2014) a respeito da luta no Antropoceno, radicalizo: estamos em guerra. O artigo considera a carrocracia como um sistema despótico e os carros como responsáveis por grande parte da emissão de CO2, causa primeira do aquecimento global. A cadeia produtiva carrocrata é peça chave na compreensão processos de subjetivação, de construção de imaginários e de diferenciação de corpos nas cidades. Na primeira parte do artigo, dados quantitativos foram usados para criar uma genealogia da indústria automobilística no Brasil e descrever seus impactos em nossas vidas, em diálogo com o livro Apocalipse motorizado (LUDD, 2005). Em seguida, o texto faz uso dos filmes Christine (EUA, 1983) e Crash (CAN, 1996) para pensar a carrocracia enquanto parte do cis-tema heterossexista e o carro enquanto componente essencialista do chamado Império dos Normais (PRECIADO, 2011). Por fim, a partir das críticas de Deleuze e Guattari (2010, 1996) acerca do Capitalismo e de conceitos como máquinas desejantes e rostidade, o artigo leva em conta a experiência do autor como cicloativista. O artigo estabelece rizomas que oportunizam uma linha de fuga e consequente desterritorialização da produção desejante dos carros para as bicicletas, a partir da conjugação de agenciamentos e interseccionalidades (PUAR, 2013).

Cite

CITATION STYLE

APA

Troi, M. de. (2018). Carrocracia: fluxo, desejo e diferenciação na cidade. Revista Periódicus, 1(8), 270–298. https://doi.org/10.9771/peri.v1i8.22764

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free