Este texto combina reflexões sobre as dificuldades encontradas em meu trabalho etnográf ico junto à Fundação Cacique Cobra Coral, em especial no que diz respeito a transformações na forma como a alteridade foi vivida ao longo do processo etnográfico, com críticas de antropólogos indígenas à antropologia e suas práticas, de modo a fazer com que elementos da pesquisa etnográfica iluminem, na medida do possível, dimensões pouco compreendidas das referidas críticas. O texto então busca oferecer algumas reflexões sobre os impactos do aparecimento de todo um contingente de antropólogos declaradamente “animistas” dentro de um contexto em que a antropologia tacitamente reproduz, em algumas de suas práticas, o naturalismo materialista das ciências ditas “duras”.
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Taddei, R. (2018). O dia em que virei índio – a identificação ontológica com o outro como metamorfose descolonizadora. Revista Do Instituto de Estudos Brasileiros, (69), 289–306. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v0i69p289-306