O mercado capitalista contemporâneo assenta em estratégias de conhecer e poder que o distinguem profundamente, seja do antigo mercado concorrencial, tendendo à auto‑regulamentação, seja do imperialismo, quando a hegemonia se construía com base em posições de força amparadas em políticas do Estado nacional. Se, hoje em dia, a fonte do poder reside no monopólio da invenção científico-tecnológica, é necessário, assim, ir além de uma fenomenologia dos níveis de globalização, tomando em linha de conta o papel determinante do novo capital, na sua diferença específica. Um poder entranhado de saber deve ser combatido por outros poderes capazes de distinguir o que se pode e o que não se pode fazer e conhecer. É esse o desafio de um novo socialismo que abandona a ilusão de ser capaz de criar integralmente uma nova sociedade.
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Giannotti, J. A. (2002). Capitalismo e monopólio de conhecimento. Revista Crítica de Ciências Sociais, (63), 211–235. https://doi.org/10.4000/rccs.1283
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