O presente artigo desvenda a transformação da metáfora “educação bancária” – usada por Paulo Freire para exprimir as práticas educacionais monológicas e autoritárias, opostas às dialógicas libertadoras por ele defendidas – em verdadeira política educacional formulada, implantada e implementada pela concepção educacional contemporaneamente denominada “Gerencial”. Demonstra, outrossim, que a luta contra as formas autoritárias de educação bancária não pode mais se limitar às salas de aula, mas devem ser travadas no universo mais amplo dos sistemas educacionais, invadidos por esse verdadeiro tsunami das práticas do novo processo de acumulação capitalista e de seus ideólogos, que as exprimem por meio de pensamento pedagógico verdadeira e concretamente bancário, porque mercantilista e especulativo.
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Romão, J. E. (2020). Paulo Freire e o neoconservadorismo. EccoS – Revista Científica, (52), e17099. https://doi.org/10.5585/eccos.n52.17099
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