A papilomatose laríngea, doença rara potencialmente fatal, carateriza-se pela proliferação de papilomas no trato respiratório, múltiplos, recorrentes, cuja etiologia é a infeção por papilomavírus humano (HPV). Menina, 21 meses, filha de mãe com serologia positiva para vírus da imunodeficiência humana (VIH) e HPV. Em acompanhamento nas consultas de Pediatria do Desenvolvimento do Hospital, Pediatra Particular e Médico de Família (MF). Aos 18 meses, na consulta de acompanhamento do MF, a mãe preocupada salienta a fala sussurrada e choro rouco da filha com diagnóstico frequente de laringite aguda no Pediatra e MF nos últimos 3 meses, motivando a referenciação à Otorrinolaringologia e posterior diagnóstico de papilomatose laríngea. A abordagem da disfonia na criança evita o uso inapropriado de corticoides, inibidores da bomba de prótons e antibioticoterapia. Neste relato sobressai a desvantagem associada ao seguimento por múltiplos médicos, sendo o MF fundamental para reunir e integrar a informação clínica, permitindo a continuidade de cuidados.
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Prata, M. A., Fonseca, M., Gonçalves, M., Sousa, M., & Rocha, L. (2016). Três médicos e uma mãe. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 11(38), 1–7. https://doi.org/10.5712/rbmfc11(38)1330
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