No artigo, analisamos as dinâmicas territoriais entre os Tenetehar-Tembé, suas relações com os temas da saúde e da transmissão dos saberes sobre o uso de ‘ervas medicinais’. Por meio de etnografia e da história oral, constatamos que as práticas de cura do povo Tembé delimitam elementos de resistência e reexistência, que acionam a identidade e processo de territorialidade, sobretudo quando em tensão com os modelos ocidentais de biomedicina implantados pelo Subsistema de Saúde Indígena nas aldeias. Assim, verificamos que o tema da saúde se constitui em um importante recurso político deste grupo, dado seu teor estratégico e justificador para fortalecer a defesa de seu território e de sua ‘cultura’.
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Ponte, V. da S., Ribeiro, B. E. da S., Santos, A. S. dos, & Bentes, L. de V. (2020). ‘Uma Área de Pastagem Ela não Tem a Qualidade de Erva Medicinal’: entre saber e poder, território e territorialidade Tembé. Revista AntHropológicas, 1(1). https://doi.org/10.51359/2525-5223.2020.245054
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