Dor no doente com câncer: características e controle

  • Pimenta C
  • Koizumi M
  • Teixeira M
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Abstract

Este estudo objetivou compor o perfil da dor e do seu controle, além de verificar a influência de fatores terapêuticos na expressão do sintoma álgico em 57 doentes com doença neoplásica avançada, seqüencialmente atendidos no ambulatório de oncologia de um hospital geral. A dor foi moderada na maioria dos doentes e intensa em cerca de 1/5 dos casos, com duração média de 10 meses. Em 40,9 % das escolhas, observou-se preferência por 12 descritores do questionário de dor McGill. Descritores afetivos foram, significantemente, os mais escolhidos (p < 0,05). O alívio obtido foi insatisfatório, na maioria dos casos. O índice de controle da dor foi negativo em 49,1% dos doentes, isto é, em cerca de metade dos casos foram empregados analgésicos com potência inferior à exigida pela intensidade da dor. Não se observou correlação entre a intensidade da dor e a compatibilidade ou não dos esquemas analgésicos propostos ao padrão da OMS Constatou se que os doentes que fizeram uso dos analgésicos de modo regular, experienciaram dor de menor intensidade do que aqueles que só os utilizaram quando a dor se acentuava (p <0,05). Observou-se que a irregularidade na utilização dos fármacos associou-se a dores mais intensas.

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Pimenta, C. A. de M., Koizumi, M. S., & Teixeira, M. J. (2022). Dor no doente com câncer: características e controle. Revista Brasileira de Cancerologia, 43(1), 21–44. https://doi.org/10.32635/2176-9745.rbc.1997v43n1.2835

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