Mães e madrastas: mitos sociais e autoconceito

  • Falcke D
  • Wagner A
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Abstract

Esta é uma pesquisa sobre os mitos sociais relativos aos papéis femininos de mãe e madrasta e o autoconceito de mulheres que desempenham esses papéis. Participaram desta pesquisa 50 mães e 50 madrastas residentes na cidade de Porto Alegre (RS). O instrumento foi composto de 3 partes: dados de identificação, a escala de mitos sociais e a escala de autoconceito de Butler e Haigh. A análise estatística dos dados demonstrou que tanto mães como madrastas ainda têm a visão histórica da mulher como responsável pelo bem-estar da família. Sendo assim, é esperado, tanto de mães como de madrastas, que exerçam as funções de cuidadora, educadora e suporte afetivo. Apesar deste aspecto ser semelhante para mães e madrastas, na comparação com os itens da escala de autoconceito, verificou-se que as mães consideram-se mais equilibradas apesar de também perceberem-se mais escravizadas, confiando menos em suas próprias emoções e tentando não pensar nos seus problemas. Já as madrastas demonstram estar mais desesperadas, considerando-se fracassadas e tendo uma forte tendência a verem suas vidas mais confusas. Além disso, considerando somente o grupo de madrastas, foi possível constatar que aquelas que possuem filhos apresentam um maior índice de depressão e as madrastas que possuem companheiros viúvos possuem um maior autoconceito social.This is a research about the social myths related to feminine roles of a mother and stepmother and the self-concept of these women. The sample was 50 mothers and 50 stepmothers who lived in Porto Alegre/RS. The instrument was composed of three (3) parts: information data, the social myth's scale and the self-concept scale of Butler and Haigh. The statistical data analysis showed that mothers as well as stepmothers still have the historical view that mother is the responsible for the well-being of the family. Therefore, it is still expected from mothers as well as from stepmothers, that they should carry out their functions as a caretaker, teacher and affective support. Besides this aspect being similar to mothers and stepmothers, in the comparison with the items of the self-concept scale, it showed, that the mothers consider themselves more balanced inspite considering themselves also more as a slave, trusting their own emotions less and trying not to think of their problems, meanwhile the stepmothers prove to be more desperate, considering themselves more unsuccessful and having a strong tendency to consider their lives more confused. Besides, considering only the step-mother group, it was possible to see, that the stepmothers, who have children, present a higher index of depression and that the stepmothers, who have a widower as a companion, have a higher social self-concept.

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Falcke, D., & Wagner, A. (2000). Mães e madrastas: mitos sociais e autoconceito. Estudos de Psicologia (Natal), 5(2), 421–441. https://doi.org/10.1590/s1413-294x2000000200007

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