O alongamento é uma das técnicas mais utilizadas para se obter aumento da amplitude de movimento (ADM), porém não há consenso sobre o tempo necessário de alongamento para aumentar a flexibilidade. O objetivo do estudo foi verificar qual tempo de duração de alongamento é mais eficaz, avaliando-se a flexibilidade pela mensuração do ângulo poplíteo (AP). Foram recrutadas 30 voluntárias com idade média de 21,1±2,9 anos, divididas aleatoriamente em cinco grupos (controle, 15, 60, 90 e 120 segundos), e submetidas a quatro semanas de alongamento passivo durante diferentes tempos, sendo avaliadas por três examinadores clínicos pelo teste do AP associado à ADM. Os dados foram submetidos a análise estatística, com nível de significância p<0,05; para verificar a confiabilidade inter-examinadores foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse (ICC); a confiabilidade foi excelente (ICC=0,985). Houve diferença significativa quando se compararam 15 segundos de alongamento com 120 segundos (p<0,01) e também na comparação entre os grupos de 90 e 120 segundos (p<0,05). O ganho de ADM foi maior nos grupos 90 e 120 segundos. O grupo de 120 segundos apresentou a maior média e o de 90 segundos, a maior variação no quesito confiabilidade entre examinadores. Conclui-se que quanto maior o tempo de sustentação do alongamento, maior será o ganho de flexibilidade.Muscle stretching is one of the most used techniques for increasing range of movement (ROM), but there is no consensus on how long it must last to increase flexibility. The aim of this study was to determine which stretching duration is most effective. Flexibility was assessed by measuring the popliteal angle (PA). Thirty mean age 21.1±2.9 year-old female volunteers were recruited and randomly divided into five groups (control, 15, 60, 90, and 120 seconds). All underwent a four-week passive stretching program at these different stretching lengths. Each was assessed as to flexibility by three clinical examiners who measured the PA. Data were statistically analysed, with significance level set at p<0.05; inter-examiner reliability was assessed by the intraclass correlation coefficient (ICC) and the values found pointed to high reproducibility (ICC 0.985). Results show significant differences between the 15- and 120-second groups (p<0.01) and between 90- and 120-second groups (p<0.05) - both groups where ROM increase was higher. The 120-s group presented the greatest mean, and the 90-s group presented the greatest variation. Findings allow suggesting that the longer stretching is sustained, the more muscle flexibility is improved.
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Tirloni, A. T., Belchior, C. G., Carvalho, P. de T. C. de, & Reis, F. A. dos. (2008). Efeito de diferentes tempos de alongamento na flexibilidade da musculatura posterior da coxa. Fisioterapia e Pesquisa, 15(1), 47–52. https://doi.org/10.1590/s1809-29502008000100008
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