Utilizamos a revisão sistemática de literatura para discutir a (re)produção das cidades nos estudos organizacionais nacionais a partir da produção científica sobre os usos dos espaços urbanos no Brasil. Buscamos estudos que utilizam a compreensão da cidade como uma organização social e espacial, partindo de práticas organizativas que constituem a urbe. Para isso, realizamos uma ampla pesquisa nas publicações da Administração dos últimos 16 anos com as palavras: Cidade(s), Espaço(s) Urbano(s) e Prática (s) Urbana (s). Os resultados indicam que a cidade é (re) produzida nos Estudos Organizacionais de forma heterogênea e múltipla, relacionada às práticas organizativas engendradas com questões identitárias de grupos sociais e comunidades, onde as diferentes formas de sociabilidades manifestadas são centrais para entendimentos situados em apropriações e resistências que os citadinos praticam nos espaços urbanos. Em termos conceituais, os resultados mostram práticas materiais, por isso corporificadas e fornecem pistas para problematizarmos acerca da invisibilidade de corpos nos estudos, que consideramos uma presença ausente. Procuramos trazer reflexões acerca da democratização do espaço urbano público ou privado, já que a cidade brasileira expõe práticas de desigualdade, segregação social, preconceito, racismo, resistência, diversidade e amizade, e ainda sim, segue sem considerar a materialidade de corpos como elemento relevante como visto nos trabalhos pesquisados.
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Gomes, R., Cardoso, S. P., & Domingues, F. F. (2021). A (RE)PRODUÇÃO DOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS NOS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS: QUE CIDADE É ESSA? Gestão & Regionalidade, 37(111). https://doi.org/10.13037/gr.vol37n111.6539
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