Abstract Given their attractiveness as a source of financing for the least developed countries, multilateral development banks (MDBs) have grown in quantity and size supported by their sources of financing. We believe that this ‘resource dependency’ has not been sufficiently questioned in the literature, especially regarding the credit exposure these organizations have with their largest borrowing members. This article characterizes and identifies the differential effects of the three sources that make up the dependence on resources in the MDBs: capital contributions, leverage in the markets and their credit function. We analysed these sources particularly at the International Development Bank (IBRD), the Inter-American Development Bank (IDB) and the African Development Bank (AfDB) and in two recent events: the risk exchange implemented by the referred MDBs in 2015 and the effect of the Argentina’s selective default on the IDB’s capital adequacy (2014). We find an increasing relevance of leverage and the size of loans, which models a dependence on resources that weakens the development mandate of these organizations.Resumo Dada sua atratividade como fonte de financiamento para os países menos desenvolvidos, os bancos multilaterais de desenvolvimento (BMDs) cresceram em quantidade e tamanho apoiados por suas fontes peculiares de financiamento. Acreditamos que essa ‘dependência de recursos’ não tenha sido suficientemente questionada na literatura dos BMDs, especialmente no que diz respeito à exposição de crédito que essas organizações têm com seus maiores membros tomadores de empréstimos. Este trabalho caracteriza e identifica os efeitos diferenciais das três fontes que compõem a dependência de recursos nos BMDs: aportes de capital, alavancagem nos mercados e sua função de crédito. Analisamos essas fontes particularmente no Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e no Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e em dois eventos recentes: a troca de riscos implementada pelos referidos BMDs em 2015 e o efeito da inadimplência seletiva da Argentina na adequação de capital do BID (2014). Encontramos uma crescente relevância da alavancagem e do tamanho dos empréstimos, que modela a dependência de recursos que enfraquece o mandato de desenvolvimento dessas organizações.
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Molinari, A., & Patrucchi, L. (2020). Multilateral Development Banks: Counter-cyclical Mandate and Financial Constraints. Contexto Internacional, 42(3), 597–619. https://doi.org/10.1590/s0102-8529.2019420300004
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