O sucesso da erradicação da transmissão autóctone do vírus da poliomielite nas Américas, levou os Ministros da Saúde dos países membros da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS a assumirem, em 1994, a meta de eliminação do sarampo até o ano 2000. O Plano de Eliminação do Sarampo inclui as estratégias: imunização das crianças de 9 meses a 14 anos de uma só vez e a manutenção de altas coberturas vacinais em menores de 1 ano; campanhas periódicas a cada 2 a 4 anos para menores de 4 anos; a implementação dos sistemas de vigilância epidemiológica, para detectar casos suspeitos de sarampo. O impacto das ações adotadas em vários países da América caracterizou-se pela drástica redução da incidência da doença, estimulando a OPAS a realizar uma avaliação, visando conhecer a verdadeira situação epidemiológica da doença e a capacidade dos sistemas de vigilância epidemiológica em detectar casos/surtos oportunamente e aplicar as medidas de controle de forma ágil. A metodologia, desenvolvida pela OPAS, é de caráter qualitativo com componentes quantitativos. Apresenta-se neste trabalho a avaliação realizada no Brasil nos Estados de São Paulo e Bahia. Os resultados apontam para um sistema de vigilância moroso, que não permite a detecção oportuna de casos ou surtos e que o Plano de Eliminação não representava prioridade política nos anos posteriores a sua implementação em 1992.
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Nogueira, C., Ganter, B., Hersh, B., Santos, E. D. dos, Domingues, C. M. S. A., Pereira, M. C. Q., … Leal, I. J. (1998). Avaliação do sistema de vigilância epidemiológica do sarampo nos Estados de São Paulo e Bahia. Informe Epidemiológico Do Sus, 7(1). https://doi.org/10.5123/s0104-16731998000100004
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