O ecoturismo é considerado uma atividade com potencial baixo impacto ambiental, geradora de benefícios sociais e, dependente da existência de atrativos naturais. Mas como os indivíduos autóctones percebem essa atividade e se relacionam com suas áreas naturais? O objetivo, neste estudo, foi analisar em que nível os indivíduos autóctones se envolvem com os ambientes naturais com potencial ecoturístico e como os percebem em uma localidade em fase inicial de desenvolvimento de práticas ecoturísticas, e a dinâmica desse envolvimento e percepção, a partir do olhar dos jovens, em dois períodos com intervalo de nove anos. Para isso, utilizou-se da iconografia com apresentação de dez fotografias de ambientes com potencial ecoturístico da localidade de Luminárias, Minas Gerais - Brasil, para estudantes do ensino médio, com posterior aplicação de um questionário semiestruturado, nos anos de 2007 e 2016. Empregou-se ainda a técnica de observação participante. Como resultado, os ambientes naturais com potencial ecoturístico foram reconhecidos em diferentes níveis e considerados como de alta atratividade, mas seu uso turístico é de baixo envolvimento com os indivíduos autóctones. Os resultados demonstraram ainda que, na dificuldade de uma mobilização contínua que alcance a população, os ambientes escolares mostram-se como espaços facilitadores para o processo de sensibilização e inserção social no planejamento do ecoturismo.
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do Couto Carvalho, V., Silveira, W. J., Souza, C. R. de, Fernandes, T. M. S., & Aurélio Leite Fontes, M. (2020). A percepção autóctone sobre os ambientes naturais com potencial ecoturístico em Luminárias (MG): dinâmica e consequências. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), 13(1). https://doi.org/10.34024/rbecotur.2020.v13.9472
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