Este artigo tem como objetivo compreender questões acerca do ofício de coveiro e identificar quais as marcas sociais existentes na profissão, como ela é vista pelos profissionais e como estes se identificam com o seu exercício. Optou-se por desenvolver uma pesquisa de cunho qualitativo, na qual foram entrevistados 08 coveiros de 03 cemitérios de Belo Horizonte (02 públicos e 01 judaico). Para a análise dos relatos, foram utilizadas categorias da Análise Linguística do Discurso, sendo possível identificar dois percursos semânticos a respeito da profissão de coveiro. O primeiro diz respeito ao discurso que retrata as categorias estigmatizantes que permeiam a profissão e ao preconceito e discriminação que os coveiros sofrem perante a sociedade. Já o segundo percurso está atrelado ao processo de construção das identidades dos coveiros e a maneira como eles passaram a lidar com a morte após começar a trabalhar com uma atividade que está diretamente ligada a ela. Concluímos este trabalho, portanto, com reflexões acerca dos estigmas presentes na profissão de coveiro e sugestões para pesquisas futuras.
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Monteiro, D. F. B., Pereira, V. F., Oliveira, L. L. de, Lima, O. P., & Carrieri, A. de P. (2017). O Trabalho Sujo com a Morte, o Estigma e a Identidade no Ofício de Coveiro. Revista Interdisciplinar de Gestão Social, 6(1). https://doi.org/10.9771/23172428rigs.v6i1.21424
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