A perspectiva multidimensional da pobreza é fundamental para compreender e abordar os desafios enfrentados por famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Devido a multidimensionalidade da pobreza propiciar compreensão sobre os impactos e as mesclas sobre esferas variadas da vida nas famílias, a digressão histórica permite vislumbrar como determinantes sociais associados ao racismo, patriarcado e ao capitalismo impactam negativamente dinâmicas sociais as relações familiares, onde as múltiplas opressões, iniquidades e políticas públicas fragilizadas forjam feminização da pobreza. Esta sobreposição de opressões é típica da interseccionalidade, e o seu reconhecimento contribui para construção de estratégias de superação contextualizadas e emancipatórias, cujos impactos psicossociais promovem saúde mental. Considerando que as experiências de privação cotidianas em determinados territórios produzem impactos psicossociais nocivos, ressalta-se os mecanismos de humilhação social e angústia, devido a confluência de elementos intersubjetivos e políticos. Portanto, considerando que há sofrimento sociopolítico correlato, a Psicologia Social se constitui como disciplina relevante, por colaborar na construção de caminhos emancipatórios de superação e promoção de autonomia para as famílias, tais como nas políticas públicas e no fortalecimento de redes de apoio e proteção social.
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Chagas, R. S., Paixão, E. A. S., Miguel, M. E., & Da Silva, P. C. P. (2024). IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DA POBREZA MULTIDIMENSIONAL SOBRE FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA. REVISTA FOCO, 17(1), e4041. https://doi.org/10.54751/revistafoco.v17n1-007
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