Desde as vanguardas modernistas pode-se perceber a dissidência dos modos comuns de se fazer arte e da utilização da tecnologia. Aos poucos as criações vão abandonando a distinção tradicional entre produção e consumo, original e cópia; não se tratando mais de compor formas desde um material bruto, mas sim de utilizar objetos que já possuem uma forma configurada e que estão em circulação no mercado cultural para a criação artística. As artes se transformam em uma ilha de edição que subverte e faz interagir diversas formas sociais, linguagens de criação, afetos e efeitos. Através da reutilização e recontextualização podem ser compostas produções artísticas múltiplas, utilizando das formas preexistentes como caixa de ferramentas e que confrontam as estratégias de gerenciamento da vida, trazendo possibilidades de resistência política mediante às recombinações artísticas e tecnológicas.
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Bitelo, H. de S., & Caimi, C. L. (2022). Recombinações artísticas e tecnológicas como possibilidade de resistência política. Revista Apotheke, 8(2), 216–230. https://doi.org/10.5965/24471267822022216
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