A fauna flebotomínica da região de Três Braços, uma área endêmica de leishmaniose cutânea-mucosa localizada no sudeste do Estado da Bahia, na região cacaueira, é muito variada. Foram identificadas 30 espécies de Lutzomyia em 13.535 exemplares coletados entre os anos de 1976 e 1984. Lu. withmani foi a espécie altamente predominante no ambiente peridoméstico e no interior das residências, com percentuais de 99,0 e 97,5, respectivamente. Na floresta, as espécies predominantes foram Lu. ayrozai e Lu. yuilli, aparecendo Lu. whitmani com apenas 1,0% do total de exemplares examinados. Lu. flaviscutellata, vetor comprovado da Leishmania mexicana amazonensis, foi também coletada em baixos índices. Lu. wellcomei, vetor da L. braziliensis braziliensis na Serra dos Carajás, Pará, Brasil, não foi encontrada na região de Três Braços onde o parasito causando infecções humanas é predominantemente L. b. braziliensis. Embora não se tenha encontrado infecção natural por promastigotas em 1.832 fêmeas de diversas espécies examinadas, discute-se a possibilidade de Lu. whitmani ser um vetor da L.b. braziliensis na região, mantendo, provavelmente, a transmissão entre o cão e o homem.The phlebotomine fauna is highly varied in três Braços, an endemic area american cutaneous leishmaniasis, situated in the cacao growing region in the southeast of Bahia State, brazil. Thirty species of the Lutzomyia genus were identified in 13,535 spcecimens collected between 1976 and 1984. Lutzomyia whitmani was the dominant species accounting for 99% or flies in the periodomicile and 97.5% of those caught in homes. In the forest the predominant species were Lu. ayrozai and Lu. yulli. Lu whitmani accounted for only 1.0% of the specimens examined. Lu. flaviscutellata, the proven vector of Leishmania mexicana amazonensis, was also collected in small numbers, I.u. wellcomei, a known vector of L. braziliensis braziliensis in the Serra dos Carajás, Pará, Brazil was not encountered in the Três Braços region where the parasite causing human infections is usually L.b. braziliensis. Although we have not encountered a natural infection with leishmanial promastigotes in 1.832 females of the various species examined, we discuss the probability that Lu. whitmani is the vector of L.b braziliensis in the region mantaining transmission in dogs and man.
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Vexenat, J. A., Barreto, A. C., Cuba, C. A. C., & Marsden, P. D. (1986). Características epidemiológicas da leishmaniose tegumentar americana em uma região endêmica do Estado da Bahia: III. Fauna flebotomínica. Memórias Do Instituto Oswaldo Cruz, 81(3), 293–301. https://doi.org/10.1590/s0074-02761986000300005
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