Introdução: osteoartrose (OA) é uma das perturbações musculoesqueléticas com o maior complexo sintomatológico. Os indivíduos acometidos utilizam a automedicação como método mais acessível e prático para os sintomas, porém esse ato pode promover gastos desnecessários, atraso no diagnóstico e na terapêutica. Objetivo: verificar a prevalência da automedicação em portadores de OA, além de comparar entre os indivíduos que fazem ou não a automedicação, características pessoais, da patologia e da automedicação. Material e métodos: 58 indivíduos com OA foram divididos em dois grupos de acordo com a automedicação. Voluntários responderam um questionário para caracterização da população, da patologia e hábito da automedicação. Foram avaliados peso, estatura, circunferência de abdômen, cintura e quadril. Estatística descritiva, teste de Goodman e teste t de Student foram utilizados para análise estatísticas com p<0,05. Resultados: 60,4% dos voluntários se automedicam. Nessa população o diagnóstico de OA foi relatado em mais de uma articulação (48,7%), maior presença de dor constante e noturna. Não houve diferenças entre os grupos para locais anatômicos, medicamentos utilizados, valores da escala visual analógica (EVA) e classe socioeconômica. Voluntários que se automedicam apresentam menores valores de peso, estatura e circunferência abdominal. Não foram encontradas associações entre os grupos e os valores de EVA e classe socioeconômica. Conclusão: existe alta prevalência de automedicação. Aqueles que se automedicam apresentam níveis de dor entre 6 e 8, e os analgésicos e antinflamátórios são os mais utilizados, seguidos de variadas técnicas para controle da dor. Não há associação entre utilização da automedicação e os valores de escala de dor e as classes socioeconômicas.DESCRITORESOsteoartrose. Saúde Pública. Automedicação. Dor Articular.
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TORRES, G., BERNARDO, A., FARIA, A., VANDERLEI, F., MASSELI, M., & VANDERLEI, L. (2015). Automedicação em Indivíduos com Osteoartrose Atendidos em uma Unidade Básica de Saúde. Revista Brasileira de Ciências Da Saúde, 19(4), 291–298. https://doi.org/10.4034/rbcs.2015.19.04.06
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