O objetivo deste estudo é analisar as vantagens e desvantagens no campo econômico, social e ecológico da cultura do dendê (Elaeis guineensis) destinada à extração de óleo de palma e óleo de palmiste para produção do biodiesel. Conforme o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), o óleo diesel distribuído nos postos do Brasil possui em sua composição 6% de óleo vegetal e 94% de óleo diesel derivado do petróleo (B6) e esta mistura tende a crescer em percentual de óleo vegetal até atingir 20%. A principal vantagem do biodiesel é a ausência de enxofre em sua composição, que por si só reduz em no mínimo 15% a emissão de poluentes na atmosfera, além disso, o volume de gás carbônico liberado durante sua queima é praticamente o mesmo retirado do ar pelas plantações de dendê e outras oleaginosas. Anulando a emissão de enxofre e dióxido de carbono, o biodiesel torna-se uma alternativa viável ao diesel tradicional, um dos derivados do petróleo mais nocivos ao meio ambiente. Entre as oleaginosas cultivadas, o dendezeiro ou palma como é conhecido é a planta que apresenta a maior produtividade por área cultivada, produz em média, 10 vezes mais óleo do que a soja, esses resultados são possíveis em quase toda a região Amazônica e o óleo de dendê está entre os mais qualificados para produção do biodiesel, devido sua composição, alta produtividade, seu baixo custo, produção distribuída ao longo de todo o ano, oferta regular e crescente, além de ser cultivado em áreas distintas, não competindo com outros cultivos alimentares. Com a produção, no Brasil, do biodiesel a partir do dendê, verifica-se que uma nova cadeia produtiva vem se fortalecendo, gerando e multiplicando emprego e renda, tanto na fase agrícola e nos mercados de insumos e serviços, como também nas atividades de transporte, armazenamento, mistura e comercialização do biodiesel.
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Henkes, J. A., & Lebid, T. (2015). ÓLEO DE DENDÊ NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL:UM ESTUDO DE CASO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS ECONÔMICA, ECOLÓGICA E SOCIAL DA CULTURA DESTA OLEAGINOSA PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 4(1), 416. https://doi.org/10.19177/rgsa.v4e12015416-447
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